Segundo a OMS, a Organização Mundial de Saúde, estima-se que entre 3% e 5% da população mundial tenha altas habilidades. Mas além de características ligadas à aprendizagem, criatividade e compromisso pelas atividades de interesse, as altas habilidades/superdotação também podem estar relacionadas à sensibilidade afetiva, desajustamento social e desmotivação.
Sendo assim, a relação entre altas habilidades/superdotação e saúde mental tem sido objeto de crescente interesse e pesquisa nos últimos anos. Compreender essa conexão é fundamental para fornecer o apoio necessário aos indivíduos promovendo não apenas seu desenvolvimento intelectual, mas também seu bem-estar psicológico.
A pressão para alcançar alto desempenho acadêmico, combinada com expectativas sociais e autoexigência elevada, pode contribuir para o surgimento de desafios significativos de saúde mental entre os superdotados. Além disso, a sensibilidade intensificada e a tendência a se sentir deslocado podem aumentar o risco de isolamento social e dificuldades de relacionamento.
Com isso, questões como ansiedade, depressão, perfeccionismo e sensibilidade emocional são frequentemente observadas nessa população, exigindo intervenções específicas e sensíveis.
Porém, muitas vezes, pessoas superdotadas desconhecem o seu perfil, sendo importante procurar profissionais habilitados a fazer a avaliação que pode identificar que a causa de um comportamento apresentado é na verdade superdotação.
Ademais, estratégias de intervenção, como a psicoterapia cognitivo-comportamental, são eficazes na abordagem destas características e do autoconhecimento, oferecendo o suporte adequado a estas demandas. Além disso, grupos de apoio entre pares podem fornecer um espaço seguro para compartilhar experiências e aprender habilidades de enfrentamento.