Transtorno do Espectro Autista (TEA) ao longo da vida

Transtorno do Espectro Autista (TEA) ao longo da vida

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um transtorno do neurodesenvolvimento complexo e multifacetado. Ele caracteriza-se por déficits persistentes na comunicação social e na interação social em múltiplos contextos, incluindo déficits na reciprocidade social, em comportamentos não verbais usados para interação social e em habilidades para desenvolver, manter e compreender relacionamentos.

Além dos déficits na comunicação social, o diagnóstico requer a presença de padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses ou atividades, podendo incluir movimentos estereotipados, padrões ritualizado e inflexíveis a rotinas, além de alterações sensoriais (p. ex. indiferença aparente a dor/temperatura, reação contrária a sons ou texturas específicas, cheirar ou tocar objetos de forma excessiva, fascinação visual por luzes ou movimento).

Embora muito se fale sobre o TEA em crianças e a importância do diagnóstico e intervenção precoce, é fundamental reconhecer os desafios na vida adulta.

Considerando que os sintomas mudam com o desenvolvimento e podem ser mascarados por mecanismos compensatórios e aprendizagem com a experiência ao longo da vida, é necessário um olhar atento para o perfil de características atuais e histórico clínico para realizar o diagnóstico na vida adulta.

O diagnóstico é o primeiro passo para compreensão das dificuldades e potencialidades pelo paciente e sua família, bem como a possibilidade de ressignificar características e vivências. Além disso, ele possibilita o acesso aos direitos garantidos por lei e aos atendimentos especializados que atendam diretamente estas dificuldades.

Os atendimentos são baseados em uma abordagem multidisciplinar definida conforme a necessidade de apoio e suporte de cada um. Com isso, pode-se incluir atendimento terapêutico com psicólogo, neuropsicólogo, fonoaudiólogo e terapeuta ocupacional, além de acompanhamento médico, entre outros.